quarta-feira, 24 de março de 2010

Lua Nova

"Hoje eu queria cinco minutos do mais profundo e intenso silêncio... Queria um pedacinho de mundo em que não houvesse mais nada a não ser uma noite bem escura, com um céu sem ruído de estrelas...

Estar só pode ser realmente muito assustador para alguns, mas para mim é completamente reconfortante... Gostaria de andar pela noite, mas não quero ser assaltada; sabem como é, cidade grande... Daí talvez venha a introspecção; é uma forma de percorrer ruas, na maioria das vezes bastante escuras, porém o único ofensor que posso encontrar sou eu mesma e já estou bastante acostumada com todos os meus delitos...

Existem coisas que são mesmo maiores do que nós então buscar em nós mesmos todos os recursos que temos, canalizar-se em si mesmo é algo até inteligente de se fazer...

O silêncio profundo e ininterrupto é um tanto improvável e utópico, então fico com a música... Deixo cada nota tocar meu corpo como se em mim reverberasse o que cada acorde quer dizer em sua essência... Assim, uma música traz à tona minha fragilidade, outra, a minha fúria; outra ainda me faz voltar a ser criança e afasta de mim a velhice precoce que me acabrunha...

Assim, posso largar o corpo a viajar por tantas ruas, de países e universos diversos, os quais fisicamente jamais poderia conhecer e por um momento até chego a esquecer da lágrima que evapora enquanto desliza pelo meu rosto e de que o final da faixa também é o final da viagem..."



Acho que "boa noite" é tudo por hoje...
Beijos a todos e todas...

P.S.: Este monte de reticências é porque estou mesmo reticente!

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