"Seu olhar vem chegando manso
Ar parado, brisa em descanso
E meu peito arfa em descompasso
Quando te encontro, nem sei o que faço!
Seu olhar a minha pele atravessa
Transpassa, todo urgência e pressa
Meu corpo como flecha de fogo
Faz de mim o alvo em seu jogo...
Solto meu corpo e deixo que o conduza
Seu beijo quente de mim abusa
Eu me derramo sinuosa a essa tortura
Enquanto suas mãos enlaçam minha cintura
Sou sua por completo e você sabe
Os botões abertos, seu beijo invade
Minha língua graceja em sua pele
Até que sua boca a interpele
Que nada pare, exceto o tempo
Que nada mude, exceto o medo
Que os lençóis em desalento
Guardem sempre mais segredos!"
(Karen Gallão)
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